BEM-VINDO AO MEU BLOG!

Aqui no meu blog você vai achar dicas de Computer Music, especialmente de Pro Tools, Reason, Live, áudio profissional e Homestudio. Alguns trabalhos artísticos que eu fiz também têm seu espaço. Há muita informação legal nos comentários. Use a caixa de pesquisa logo abaixo para achar um assunto que você está procurando.

Boa navegação!

Gravação de Renato Brito (Chitãozinho e Xororó)

Fui convidado para pilotar o Pro Tools esses dias na gravação do super baterista Renato Brito (de camisa cinza), da equipe que acompanha os icônicos Chitãozinho e Xororó.  Nessa imagem todos na técnica do estúdio de meu amigo Nacle Nabak (estúdio Nabak) curtindo uma "ouvida" no material. Foi um dia de gravação regado à muito talento e equipamentos topo de linha.

Usamos conversores Apogee, pré-amplificadores Avalon, Focusrite e Universal Audio e microfones Neumann, Shure e AKG.
Superfície de controle e Control Room ficou por conta da AVID 003.

Resultado: som impecável.



Gravação Orquestra Sinfônica da Unicamp

Nos últimos dias estive no teatro da Faculdade de Medicina da Unicamp gravando a Orquestra Sinfônica da Unicamp à convite do Dimas (Dimas Estúdio). Também fizemos sessões de pré-mixagem no estúdio.

Contamos com a participação internacional do Maestro Knut Andreas e do compositor Frank Petzold da Alemanha e também do trompetista Paulo Ronqui. Também tivemos a presença do conceituado músico contra-baixista André Cardoso fazendo a primeira leitura das partituras. Eu fiquei encarregado da segunda leitura, operação técnica do Pro Tools e montagem. Thiago Furlan também integrou a equipe alguns dias ajudando na montagem e logística e Dimas, sempre presente, atuou na coordenação técnica.

Da esquerda para a direita: Knut Andreas (maestro - Alemanha), Frank Petzold (compositor - Alemanha), Dimas (Dimas estúdio), Daniel Raizer, André Cardoso, Paulo Ronqui.
Para o setup principal usamos um Par AB (decca tree) com dois microfones DPA 4006.


Para o trompete solo usamos um Neumann TLM149.


Para spots usamos Neumann KM184 para violinos, Sennheiser MKH40-P48 para as violas e madeiras e para os contra-baixos usamos Neumann U87. Usamos também Shure SM-81nas madeiras.


A pré-amplificação ficou por conta do Precision 8 e Presonus M80.
Usamos como conversor a Aurora 16 a Lynx em 88.2kHz / 24Bits no Pro Tools HD2, dentro de um Mac Pro.

Fones Ultrasone.

Um trecho da obra de Wagner. Obviamente todas as fotos e vídeo foram feitas durante uma passada do ensaio, pois durante a gravação oficial todo celular deve fica totalmente desligado.

Um trabalho muito legal de fazer e, para quem quiser ver o concerto gratuitamente, acontecerá no dia 26 de Outubro às 20:00 no Castro Mendes em Campinas.

Abs.

Onírica na Concha Acústica do Taquaral


A cada instante uma pérola. 
No século passado. 
Em 24 fev de 1991.
Um beija-flor, um fusca verde, palavrão, espontaneidade, nas curvas da
estrada...

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Curso intensivo de férias - Áudio, Pro Tools e VS

Olá, caro leitor.

As inscrições para meu curso de férias sobre Áudio, Pro Tools e VS estão abertas. Para garantir a inscrição clique aqui.

São apenas 20 vagas para o curso que acontece apenas duas vezes ao ano.

Serão 8 aulas com 2 horas de duração durante o mês de julho, todas as terças e quintas entre os dias 5 e 28 das 19:00hs às 21:00hs.

O curso acontecerá na sala A do SPAZI, que fica na rua Frei Antonio de Pádua, 455, no Jardim Guanabara em Campinas, SP e será fechado para quem efetuar a reserva com antecedência via a drproshop. Não aceitaremos pessoas no ato do curso.

Nesse curso abordarei os seguintes tópicos:

Capítulo 1 - APRESENTAÇÃO
Apresentação do curso
Apresentação do autor
O que é Pro Tools?
Por que Pro Tools?
Diferenças entre sistemas operacionais
Setup ideal mínimo
Sugestão de equipamentos adicionais
Sugestão de computador
Interfaces de áudio compatíveis com o Pro Tools
Conectividade entre interface e computador
Compatibilidade de Pro Tools com sistema operacional
Autorização em iLok

Capítulo 2 - CONFIGURAÇÃO
Otimizando o computador
Pro Tools Aggregate I/O
Menu Setup/Playback Engine
H/W Buffer Size
Sample Rate
I/O Setup
Guia Input
Guia Output
Guia Bus
Guia Insert
Audition Paths

Capítulo 3 - ESTRUTURA DO PRO TOOLS
Janelas
Edit Window (janela de edição)
MIDI Editor e MIDI Editor Panel
Mix Window
Transport

Capítulo 4 - PISTAS
Tipos de Pistas
Nome das pistas
Deletando pistas
Selecionando pistas
Pista de click

Capítulo 5 - CLIPES
Clipes
Visualizando
Identificando
Nome Default
Modificando o nome
Deletando clipes da Timeline

Capítulo 6 - FERRAMENTAS DE EDIÇÃO
Ferramentas de edição
Zoom
Trim
Selector
Grabber
Scrubber
Pencil
Smart Tool

Capítulo 7 - TEMPO
Ajustando o andamento da sessão
Alterando a fórmula de compasso

Capítulo 8 - IMPORTAÇÃO
Importando arquivos de áudio
Importando músicas de CD

Capítulo 9 - MONITORAÇÃO
Tipos de monitoração
Via ar
Via software
Auto Input Monitoring
Input Only Monitoring
Monitoração via auxiliar

Capítulo 10 - GRAVAÇÃO DE ÁUDIO
Técnicas de captação
Definindo a entrada de sinal
Ajustando o sinal
Gravando
Modos de gravação
Normal
Quick Punch

Capítulo 11 - EDIÇÃO DE ÁUDIO
Edições básicas via ferramentas
Aparando
Movendo
Cortando
Edições básicas via menu Edit
Aparando a partir de um ponto
Apagando e colocando na área de transferência
Copiando para a área de transferência
Colando da área de transferência
Apagando
Duplicando
Repetindo
Separando um clipe em duas partes em um determinado ponto
Juntando
Colorindo
Mutando
Criando e apagando Fades
Edições básicas via menu Clip
Captura de clipes
Loopando
Undo History

Capítulo 12 - PROCESSAMENTO DE ÁUDIO
Insertando plug-ins
Plug-ins AudioSuite
Botão Target
Presets

Capítulo 13 - GRAVAÇÃO DE MIDI
Integração MIDI
Gravando e ouvindo MIDI tradicionalmente
Gravando e ouvindo MIDI com um instrumento virtual
Xpand! 2

Capítulo 14 - EDIÇÃO DE MIDI
Edição MIDI via Piano Roll
MIDI Editor Pane e Window
Apagando notas
Movendo notas
Mudando a duração
Inserindo novas notas
Quantização
Event Operations
Real Time Properties

Capítulo 15 - ROTEMANETO INTERNO DE SINAL
Subgrupos
Mandadas auxiliares internas para efeitos
Mandada para fones de ouvido

Capítulo 16 - AUTOMAÇÃO
Automações
Automação de parâmetros de plug-ins

Capítulo 17 - MIXAGEM
Mixagem
Colorindo canais

Capítulo 18 - EXPORTAÇÃO
Exportando áudio finalizado
Bounce

Capítulo 19 - BACKUP
Backup automático
Backup Manual

Curso de Pro Tools aula 7 - Controle

Obviamente tudo aquilo que tende ao exagero acaba causando algum revés.
Isso aparece de forma explícita nos consumidores de drogas, que acabam perdendo seus pertences, sua família e a si mesmos, em alguns praticantes de esportes radicais que deixam suas almas em algum penhasco pitoresco e também nos aficcionados em tecnologia que recebem o diagnóstico de lesão por esforços repetitivos por terem abusado do segundo rato mais famoso depois do Mickey. Sim, fique atento, garanto à você que pilotar o mouse com a mão esquerda (ou direita, caso você seja canhoto) enquanto a outra está imobilizada beira o ridículo e é digno de nota pelo Danilo Gentili. Por isso, caro colega, aproveite que você está bom ainda e jogue fora seu mouse agora mesmo. Vai lá que eu espero aqui...

Agora que você está mais seguro invista em sua próxima superfície de controle, a trackball.

A trackball tem vários benefícios em relação ao mouse, a mais importante delas é que ela mantem a sua mão parada e na posição correta de forma a não abusar dos movimentos repetitivos que podem trazer problemas, mas não resolve todos; você tem que se ajustar a ela também e mudar seu jeito de ser; logo abaixo você vai aprender como. Elas funcionam muito bem tanto com canhotos como com destros, cabem em qualquer lugar, ficam no lugar certo, são imóveis e você vai perceber que o Pro Tools é super amigo das trackballs no momento que você clicar em um menu, como na aba de presets de plug-ins, e ver que ele não fecha, portanto você não precisa ficar apertando o botão. Vai perceber também que basta segurar a tecla Alt e pressionar o botão para que essa tecla modificadora fique ativa, sem a necessidade de mantê-la apertada, entre outros detalhes que passam desapercebidos com o uso do mouse.

Existem muitas fotos de gente à frente de uma console/superfície de controle top e no cantinho aparece quem? Uma trackball. Estas geralmente são de uma marca bem específica, aquela com a bolinha vermelha, mas você pode usar qualquer uma que você ache interessante no mercado, desde modelos esotéricos até outras com recursos parcos.


FIG 1 - Uma trackball tradicional. Você ainda vai se render à uma.

De qualquer forma vai haver um período para você se acostumar, acertar a memória mecânica da mão, ajustar a velocidade da bola, o clique com o dedão ou dedinho, mas depois disso, você irá esqueçer o mouse, pois não vai ter mais volta, nunca mais você vai querer voltar ao mouse e isso é bom para seu próprio bem. Uma coisa, todavia, devo esclarecer: Fazer scroll com a trackball é um tanto quanto frustrante, principalmente se você vem do mouse bonito-ordinário da apple, mas a maioria delas são configuráveis permitindo atalhos via duplo clique ou ambos os botões pressionados. Modelos mais complexos existem e algumas vêm com um anel de scroll embutido, portanto avalie isso também na hora de comprar a sua.

Fora a trackball em si, a sua postura também tem que ser adequada. Relaxe os ombros, mantenha os cotovelos próximos das costelas e forme um ângulo de 90 graus com o ante-braço. Isso também serve para o teclado e em vez de eu ficar dizendo como se faz, veja como é que se faz abaixo:



FIG 2 - Sente-se assim ou assuma sua falta de responsabilidade depois.

E não se esqueça de fazer alongamentos e de visitar regularmente seu oculista, cardiologista, dentista e de diminuir seus encontros com garçons.

Muito bem, recado dado. Atenha-se agora ao fato de que o simples controle do cursor na tela não é o final de toda a questão sobre controle. O controle do Pro Tools de forma adequada também nos remete à melhores resultados, menores índices de fadiga e consequentemente de lesões durante o trabalho.

Controlar os faders do Pro Tools com o mouse (agora pela trackball) sempre deixou à desejar e pra lá de inexpressivo, pois não dá para mover vários faders ao mesmo tempo, comprometendo assim o workflow orgânico que as mixagens devem ter. Avaliar o uso de uma superfície de controle dedicada específica para o Pro Tools é algo interessante a se fazer nesse ponto, e, se você tem um iPad, você está com sorte, pois a Avid tem um app que é exatamente isso, uma superfície de controle para o Pro Tools. Agora o melhor: grátis!

Isso mesmo, grátis! Vá agora mesmo à App Store e faça download do Avid Pro Tools Control, eu espero aqui novamente...

Pronto? Para rodar esse app em conjunto com o Pro Tools você vai precisar também de uma rede wi-fi, onde ambos o seu computador e iPad estejam conectados, mas não é só isso. Respire fundo. Sente direito. Auto-controle...

A Avid tem um intrincado sistema de segurança e de bloqueio ao download de seus produtos, portanto todos os processos de donwload, ativação e de registro são um tanto quanto, como eu diria mesmo? Exagerados. Sendo assim, somos obrigados a abstrair isso, então ao instalar o app em seu iPad você vai perceber que será necessário registrá-lo para poder fazer o download de outro programa, o EuControl, que é o software que irá fazer seu computador se comunicar com seu iPad. Então você não tem escolha, vai ter que perder alguns minutos para criar uma conta na Avid, caso ainda não tenha, registrar seu app gratuito e fazer o download do EuControl que fica escondido dentro da sua conta. Depois do download você vai ter que instalar esse programinha em seu computador e, por fim, configurar o Pro Tools. O bom é que essa última parte é simples, acompanhe:

Abra o Pro Tools, clique em Preferences, clique em Setup, Peripherals e na aba Ethernet Controller clique a caixa enable EUCON. Só isso!

Feche o Pro Tools agora. Porque? Porque para usar o iPad como superfície de controle do Pro Tools é importante seguir uma ordem específica de abertura de programas senão costuma dar pau, em bom linguajar Campineiro. Primerio abra o EuControl, depois abra o Pro Tools e finalmente abra o app no iPad. Se tudo der certo, ao abrir uma sessão no Pro Tools você vai ver todas as pistas aparecerem no iPad como mágica, daí é só partir para o controle.

Esse app é bem bacana de verdade e tenho usado-o extensivamente. Ele tem uma resposta tão rápida que é possível monitorar no iPad os medidores de cada pista em tempo real e gravar automações com perfeição e, obviamente, manipular muitos faders simultaneamente usando a tecnologia revolucionária multi-touch. Show!


FIG 3 - PT Control Mixer view. Uma forma legal de controlar os faders do Pro Tools sem gastar nada (imaginando que você já gastou uma fortuna para comprar um iPad).

No iPad, na parte de cima da tela, você pode alternar a visão geral tocando em MIXER ou TRACKS. Mixer exibe os faders e Tracks as pistas. Na tela Mixer os faders podem ser facilmente arrastados com o dedo para ter sua intensidade controlada; arrastando a tela na horizantal podemos acessar outros faders que estavam escondidos no hiperespaço digital. Nessa tela também podemos ajustar o panorama, selecionar pistas, ativar e desativar funções individuais como mute, solo, rec e monitoração. Na tela Tracks vemos as pistas individuais na forma de caixas e é mais fácil ainda designar Solos e Mutes, por exemplo. Basta selecionar opções de comandos na parte de baixo e tocar nos canais que receberão esse comando, muito útil e muito rápido.



FIG 3 - PT Control Track view. Uma forma legal de controlar comandos para pistas do Pro Tools.

Tanto na tela Mixer como na Tracks podemos ter os controles de transporte ou teclas de acesso rápido aparecendo na parte de baixo, reveja as figuras 2 e 3 para comparar. As teclas de acesso rápido são muito bem-vindas e brilham nesse app na minha opinião. Podemos colocar à nossa disposição qualquer comando que quisermos alí para acessarmos com uma dedada (no bom sentido!). Na minha tela personalizada, exibida na figura abaixo, você pode perceber que eu escolhi alguns comandos específicos diferentes dos origianis de fábrica, como Clear Clip e Save, que uso regularmente, portanto quero-os sempre alí. A boa notícia é que essas caixas de comandos podem ser qualquer coisa que você queira, como funções prontas ou atalhos com teclas modificadoras, muito legal!


FIG 4 - PT Control com teclas de atalhos personalizadas.

Para personalizar essa área como eu fiz você tem que abrir o programa EuControl no computador e escolher a opção EuControl Settings. Uma janela se abre. Nesta escolha a aba Soft Keys.

FIG 5 - Janela de controle do EuControl.

Clique sobre a caixa que deseja configurar com seu comando preferido, nesse caso Clear Clip, clique no botão Command e escolha um comando da interminável lista. Se quiser mude o ícone, a cor e a fonte clicando em Icon, Font e Color. Tem mil opções. Fique à vontade, é seu! Grátis!

Uma coisa interessante, que você vai perceber logo, é que ao mudar de aplicativo com o iPad ligado e o app rodando será possível controlar outros aplicativos que estão em foco no seu computador, como o Finder do MAC OS X, por exemplo. Para este no app no iPad irão aparecer atalhos para Print, Copy, dentre outras opções e cada software terá comandos específicos seus. Isso indica que esse app também irá funcionar com outros programs e outras DAWs e que poderá ser personalizado com uma configuração específica para cada um. Além disso é possível ter várias páginas de botões de controle, para por todas as funções que você quiser bem alí, na distância do seu dedo. Sorte nossa.


FIG 6 - O Pro Tools Control curiosamente configurado automaticamente para controlar o Finder.

Esse é o conceito do EuControl, que é ainda mais sofisticado quando aliado às superfícies de controle táteis da mesma marca, como a série Artist. E como nada é tão bom quanto mixar em um fader de verdade, principalmente nos capacitivos e motorizados, siga lendo...

O bom e velho Pro Tools ainda mantém seu lado velho sendo compatível com o Protocolo de comunicação com superfícies de controle de outros fabricantes, o famoso HUI, que prevaleceu no século passado, portanto há uma vasta gama de superfícies de controle interessantes ainda por aí que podem se integrar ao seu setup, de antigas à novas, das da Behringer até as da SSL, passando pela simpática Fader Port da PreSonus e uma grande variedade de produtos à disposição no mercado mundial.

Se você tem um teclado M-Audio com botões ou faders, também poderá controlar o Pro Tools. A configuração é bem simples através da escolha da opção M-Audio Keyboard na janela Peripherals e escolhendo as portas de entrada e de saída MIDI. Só isso.

Agora, se você tiver algum teclado ou superfície de controle da Novation também dá para controlar os faders e botões principais do Pro Tools, mas, infelizmente, com o advento do protocolo AAX de 64 Bits o Automap atual não pode mais controlar nenhum plug-in e ainda não há previsão de vir a acontecer, deixando meu querido teclado SLMK 2, sem aquele controle abundante tão clássico da marca de outrora.

Tudo bem, só de comprar uma trackball de R$80,00 e aliando-a ao meu velho iPad 3 já dá para se sentir o rei do controle de Pro Tools. Vá agora fazer o mesmo, mas lembre-se: delimite seu auto-controle: Menos computador e trackball, mais futebol, alongamento, bicicleta, natação, caminhadas, piscina e jardinagem, mas sem exageros, senão...


um abraço e até a próxima!

Pequena aula de acústica de salas

A sala!


Caríssimo leitor, atente que um setup profissional de nada serve se a sala onde está tem acústica pobre, portanto transformar a sua sala em um espaço adequado para gravação e reprodução musical deve ser um dos veios mais importantes dentre os muitos que compõe o seu discernimento. Hoje, com essa pequena aula vou te dar um norte nessa direção e se precisar de ajuda, basta pedir. Um abraço!

A) Introdução
O tema "acústica de salas" envolve muitos fundamentos que permeiam a física, biologia, arquitetura, entre tantos outros, sendo a maioria destes de alta complexidade e cheio de contas, entretanto é possível ter uma visão abrangente de como os sons se comportam dentro de ambientes fechados sem nos aprofundarmos na matemática para que possamos condicionar esses espaços onde gravamos e escutamos música almejando melhores resultados.

Para isso iremos utilizar duas planilhas de Excel para resolver a grande maioria dos problemas de acústica de salas automaticamente, mas primeiro precisamos entender os preceitos básicos para sabermos utilizá-las.

B) Fundamentos
Os quatro principais fundamentos da acústica são:

Reflexão:
Isso dá-se quando a onda sonora não é absorvida pela superfície onde incide e volta ao ambiente no mesmo ângulo de incidência. Podemos visualizar isso de uma maneira fácil utilizando um laser pointer, desses de palestra, apontando-o nas superfícies reflexivas e vendo sua reflexão; o som comporta-se de maneira similar. Materiais muito lisos, como vidro são muito reflexivos.

Absorção:
É quando a onda sonora é absorvida pelo material onde incide, assim como a luz é absorvida por uma parede pintada de preto fosco. Para isso o material tem que ser poroso, como espuma, veludo ou lã de pet (melhor substituta das lãs minerais), por exemplo.

Difusão:
É o fenômeno que faz com que as ondas sonoras se espalhem em diversas direções dentro do ambiente, sem uma direção determinada. Isso cria um campo difuso do mesmo jeito que uma luz indireta embutida ilumina um ambiente suavemente. Não existe material difusor, mas sim uma combinação de técnicas construtivas que tornam uma superfície difusora, como um painel de quadrados de madeira cada um com tamanhos, alturas, profundidades e orientações.

 Transmissão:
É quando o som atravessa uma superfície e aparece do outro lado atenuado, assim como a luz passa por um papel translúcido. Quanto maior for a rigidez, densidade e a espessura do material, menor é a transmissão.

C) Reverberação:
A reverberação é o mais importante conceito que devemos lidar na acústica de salas.
A reverberação é constituída por muitas reflexões com intervalo muito pequenos entre si (millisegundos) que se espalham em todas as direções formando um campo difuso. A medida em segundos desse campo difuso desde sua formação até quando se extingue é denominada de RT60.

Não existe uma norma que determine o quanto de reverberação devemos ter em nossas salas de gravação e de escuta de música, mas é notório que em auditórios onde apresenta-se música os tempos de reverberação são bem maiores do que nas salas de gravação de voz, por exemplo.

Quando há muita reverberação na sala, dizemos que a sala é viva. Quando há pouca, dizemos que é morta.

A reverberação também varia conforme a frequência do som, por exemplo: Uma sala pode ter bastante reflexão de graves e pouca de agudos, tornando a sala "abafada". Um outro exemplo de sala com bastante reflexão de agudos e pouco de graves nos dá a sensação de estarmos em uma sala "magra". São os materias presentes na sala que regulam a "cor" da reverberação. Uma sala toda revestida de azulejos, como o banheiro, tem reverberação bem aguda.

Normalmente as salas de pequeno porte tentem a ser melhores quando mais mortas que vivas.

D) Cálculo do comprimento de onda
O cálculo do comprimento de onda é importante para podermos ajustar o tamanho das salas de forma a não produzirem ondas estacionárias.
O cáculo é simples e feito da seguinte forma:

Pegue a velocidade do som e divida pela frequência, exemplo:
344m/s  dividido por 50Hz = 6,88m Isso significa que 50Hz tem 6,88m de comprimento. Se sua sala é menor que isso não vai existir 50Hz inteiro dentro dela, apenas suas frações.

E) Ondas estacionárias:
Com a fórmula acima podemos entender o que são ondas estacionárias.
Se uma sala tem 3,44m em uma dimensão e um som de 50Hz é produzido em uma das extremidades irá caber exatamente meia onda dentro da sala quando é então refletida de volta. A onda na ida e na volta são praticamente a mesma e por terem direções opostam acabam se anulando e as diferenças de pressão ficam paradas dentro da sala, sendo o ponto máximo nas extremidades e ao meio a pressão mínima, ou seja silêncio.

F) Modos e Cálculo Modal
Modos
As salas onde produzimos música normalmente tem 6 paredes formando 3 eixos, portando produzem 3 ondas estacionárias relacionadas às 3 dimensões da sala: largura, profundidade e altura, estes são os MODOS AXIAIS.

Quando a onda incide na diagonal à parede paralelamente a outra formando um plano chamamos de MODOS TANGENCIAIS. Por exemplo: o som bate na parede da esquerda, bate no fundo da sala, na parede da direita, na frente da sala e volta ao mesmo ponto de onde saiu na parede da esquerda.

Quando um som completa um plano, mas passa por todas as paredes da sala chamamos de MODOS OBLíQUOS.

Cálculo Modal
Quando andamos por uma sala com acústica problemática devido às suas dimensões percebemos que determinados instrumentos tem um som mais alto ou mais baixo em determinados lugares da sala. Isso deve-se às frequências estacionárias dentro da sala e quanto menor for a sala, maiores são os problemas com ondas estacionárias.

Para tentar minimizar este problema fazemos o cálculo modal da sala para buscarmos as melhores dimensões para que estas não realcem nem atenuem frequências. 

Um gráfico ideal de densidade modal deve ter uma curva ascendente, sem vales e picos pronunciados. Isso é relativo à quantidade de modos por frequência, que devem aumentar gradativamente evitando-se muitos modos em determinada frequência.

Critérios de Bonello
Quem rege um gráfico ideal de densidade modal são os critérios de Bonello que indicam:

a) O número de modos por banda deve aumentar gradativamente ou, em último caso, manter-se constante.
b) Se houverem dois modos coindcidentes em uma banda devem haver mais três modos coincidentes na mesma banda.
c) Três modos coincidentes em uma banda é inaceitável.

OBS: Quando não há paredes paralelas usamos a média entre elas.

G) Isolamento
O Isolamento do som é bastante simples de compreender, mas bastante difícil de executar. Isolar um espaço é o mesmo que impedir o som de dentro de sair ou o som de fora de entrar.

A primeira premissa básica enfrenta os vazamentos estruturais e consiste na construção de paredes (chão e tetos inclusos) que vedem a passagem mecânica do som. Uma boa técnica é conhecida como o princípio massa x mola x massa, onde faz-se uma parede densa (massa), uma camada de material elástico entre elas, como o ar ou lã de pet (mola) e uma outra parede densa. Muitos projetos apostam nesse princípio, também conhecido como Box in a Box, onde constroi-se uma caixa dentro da outra, ambas isoladas uma da outra através de suportes de EVA (no chão), paredes afastadas umas das outras e estruturas tensionadas por molas para ambos os tetos.

A segunda premissa básica é vedar a passagem aérea que acontece por qualquer fresta. Desse modo evitamos também que o som escape de dentro de uma sala para fora e vice-versa. Para isso toda fresta deve ser vedada, inclusive os vãos da porta e fechaduras fazendo um contorno em toda a porta com um perfil tipo "escadinha". Janelas fixas vedadas com vidros duplos e até triplos são bons isolantes acústicos.

Dica: Uma técnica interessante é uma pessoa utilizando um secador de cabelo apontado para as possíveis frestas do lado de dentro da sala e outra pessoa do lado de fora verificando se escapa algum ar. Pontos onde o ar passa devem ser "lacrados".

H) Planilhas do Excel
Vamos utilizar duas planilha do conceituado Engenheiro Brasileiro Sóllon do Vale. Ambas são gratuita e podem ser encontradas no site musitec.com.br na área de downloads (clique aqui para fazer download) e com elas podemos calcular as melhores dimensões para a sala que estamos estudando e escolher os melhores revestimentos para podermos controlar a reverberação resultando em uma sala com boa qualidade acústica.

a) Primero abra a planilha Modos e preencha as dimensões da sala a ser estudada.

Nesse estudo iremos colocar os números 3 x 4 x 2,6, que representam a largura (x), Profundidade (y) e Altura ou pé direito (z) normal da maioria dos cômods das casas brasileiras.

Logo ao lado a planilha calcula automaticamente o gráfico de densidade modal. Perceba que nesse exemplo que criamos a sala apresenta um vale na região de 50Hz e também em 100Hz produzindo um gráfico muito ruim.



No gráfico modos por banda podemos perceber que não há um número crescente de modos por banda, indo ao contrário do estipulado por um dos critérios de Bonello, portanto ajustes na dimensão da sala devem ser feitos.

Normalmente não é possível aumentar uma sala, pois elas já estão construídas, mas podemos diminuí-las facilmente colocando divisórias de dry wall e tetos de gesso acartonado, por exemplo. Isso ainda nos favorece a implementação do princípio massa x mola x massa ao enchermos os espaços entre as paredes originais e as novas com lã de pet, por exemplo, para melhoraro isolamento da sala.

Vamos então mudar o tamanho da sala para 2,8 x 3,8 x 2,4, diminuindo 20cm as paredes e rebaixando o teto.

O gráfico da densidade modal melhora bastante, apresentando apenas um pequeno vale na região de 63Hz e um pequeno pico em 80Hz.



E o gráfico de modos por banda também melhora e conseguimos atender o principal critério de Bonello.

Agora que a sala já está do tamanho adequado precisamos calcular a reverberação da sala por frequências para saber quais materias de acabamento são indicados para esta. Abra então a planilha Reverb.

Primeiro faça uma avaliação da sala e preencha as medidas na tabela de acordo com os acabamentos da sala, por exemplo: vamos supor que as peredes são todas lisas e pintadas, incluindo o teto e temos chão sem acabamento, aparecendo o contra-piso.

Uma lista de materiais estão na parte de baixo da planilha indicando seu número.

Coloque o tamanho da sala na parte superior da planilha
Calcule a área de teto primeiro:
2,8m x 3,8 =  10,64m. Preencha a primeira coluna (Material No.) com o valor 35, que é referente ao meterial parede lisa pintada e coloque 10,64 na próxima coluna (Área).

Calcule agora as paredes individuais:

Esquerda = 3,8m x 2,4m (pé direito) = 9,12m

Direita = 3,8m x 2,4m = 9,12m

Frente = 2,8m x 2,4m = 6,72m total, mas nesta parede imaginamos que temos uma janela de 1,5m por 1m, então subtraimos a área da janela resultando no valor 5,22.

Fundo = 2,8m x 2,4m = 6,72m total, mas nesta parede imaginamos que temos uma porta de 0,8m por 2,1m, então subtraimos a área da porta resultando no valor 5,04

Agora calcule o piso:
2,8m x 3,8m = 10,64m e para este escolha o item 31 imaginando que o piso está sem acabamento aparecendo o contra-piso.

Agora precisamos calcular as área das aberturas.

Imaginaremos que termos uma janela fixa com vidro grosso duplo de 1,5m por 1 em uma das paredes e uma porta de 0,8m x 2,1 em outra, para isso iremos calcular essas áreas, escolher o material adequado inseri-los na planilha e retirar suas áreas da parede em que estão, nesse caso a parede da frente e do fundo, respectivamente.

Janela:
1,5m x 1m = 1,5m
Para este item escolhemos o item vidro grosso (33)

Porta:
0,8m x 2,1m = 1,68m
Para este item escolheremos o item Piso de madeira (32), pois neste exemplo a porta é solida e feita de madeira.

Na parte de baixo escolha a quantidade de pessoas no ambiente, pois pessoas também são absorvedoras e difusoras e influenciam na conta: escolheremos aqui 1.

Pronto, agora vamos dar uma olhada nos tempos de reverberação da sala de acordo com cada frequência:



Olhando o gráfico resultante vemos que há mais reverberação nas frequências mais altas do que baixas e que a frequência de 500Hz tem reverberação alta, maior que 1s.
O gráfico ideal da densidade da reverberação tende a ser uma curva descendente imaginando que da metade para a esquerda esteja por volta de 50% acima do meio e da metade para a direita 50% abaixo, ou seja a nossa curva atual está ao contrário.

Para esta sala pequena que tem foco na produção musical almejaremos a reverberação de graves por volta de 0,5s, de médios por volta de 0,3s e de agudos por volta de 0,2s. Esses valores são realtivos ao tamanho da sala e sua finalidade. Por exemplo: Um auditório de 1000m quadrados com RT60 em 500Hz de 1 segundo é uma sala com pouquíssima reverberação, dizemos: - morta. Ao contrário, uma salinha de 20m quadrados com o mesmo RT60 já pode ser considerada bem viva.

Normalmente estúdios de gravação tem um RT60 em 500Hz próximo ao 1/2 segundo.

Vamos então começar a substituir os materias das paredes.
Primeiro substitua o piso de concreto por carpete grosso sobre feltro, item número 28. Perceba que imediatamente o gráfico já toma uma forma amistosa.



Agora precisamos achar um material que absorva bem as frequência altas, pois precisamos abaixá-las um pouco para gerar a curva descendente na parte da direita.

Olhando na tabela de materiais percebemos que lã de vidro (lã de pet atualmente) com 50mm de espessura tem alta absorção na região de 1000Hz a 4000Hz, com índice próximo a 1.

Vamos então revestir toda a parede da frente (onde tem a janela) com esse material, substituindo a parede com 5,22m com material 35 por material 2. Percebemos que melhora bastante.

Dica: A forma de aplicação desse material na parede é feita através de caibros pregados à parede e a lã de pet entre eles. Depois um tecido bem poroso grampeado recobre toda a área para dar acabamento.



Vamos agora colocar espuma em relevo de 50mm de espessura que também tem boa propriedade acústica sintonizada para agudos no teto, substituindo o material 35 por pelo 5. 


Pronto, nossa sala está com boa resposta de reverberação.

Dica: Podemos colocar apenas metade da espuma no teto e a outra metade distribuir pelas laterais da sala, criando um visual mais atrativo.

Isso também é interessante de acordo com uma das técnicas de projeto de estúdio que privilegia uma área mais absorvente próxima aos monitores e uma área mais difusora oposta.

Para finalizar o projeto coloque alguns difusores tipo QRD que você mesmo pode construir com tocos de madeiras colados em uma base de compensado para pendurar nas paredes, veja esse exemplo e o mapinha de construção.




Comece cortando uma chapa de compensado de 40 mm de espessura de 60 cm x 60 cm, depois cole os tocos conforme os tamanhos e o mapa.

0 - não coloque nada
1 - toco de 5 x 5 x 4,76 cm (38 peças)
2 - toco de 5 x 5 x 9,25 cm (38 peças)
3 - toco de 5 x 5 x 14,28 cm (40 peças)
4 - toco de 5 x 5 x 19,05 cm (15 peças)

Taí, umas técnicas simples para deixar a sua sala falando bonito.